Rev. Adm. Saúde (On-line), São Paulo, v. 22, n. 88: e331, jul. - set. 2022, Epub 26 set. 2022

http://dx.doi.org/10.23973/ras.88.331

 

 

ARTIGO ORIGINAL

 

UTI humanizada: estratégias empregadas e perspectiva profissional

Humanized ICU: strategies employed and professional perspective

 

Gabriela de Oliveira Salazar1, José Ícaro Nunes Cruz, Jamison Vieira de Matos Júnior, Alice Mascarenhas dos Santos, Viviane Moreira de Camargo, Ricardo Ferreira Leite, Guilherme do Espírito Santo Silva

 

 

1. Acadêmica de medicina. Universidade Federal de Sergipe, Aracaju SE.

 

 

 

RESUMO

Introdução: A unidade de terapia intensiva (UTI) tornou-se, inevitavelmente, um dos ambientes mais hostis para o paciente e equipe de saúde. Objetivo: Descrever as estratégias adotadas em uma UTI humanizada, bem como avaliar a percepção da equipe de saúde acerca deste modelo de serviço. Métodos: Estudo observacional, transversal, descritivo. Foi descrito a UTI humanizada do local de estudo e aplicado um questionário para 35 profissionais, com respostas descritas em frequências absolutas. Resultados: A UTI humanizada apresenta leitos separados por paredes, quadros com características e desejos dos pacientes, além da possibilidade de acompanhante em tempo integral. A maioria dos entrevistados concordou que a presença de acompanhante em tempo integral, bem como a presença de paredes separando leitos, melhoram o bem-estar do paciente. Além disso, concordaram que as características da UTI humanizada afetam positivamente o prognóstico e a saúde mental do doente. No entanto, os profissionais acreditam que a presença do acompanhante poderia aumentar os riscos de infecção hospitalar. A maioria discordou que a presença de acompanhante 24 horas por dia afeta negativamente o trabalho da equipe, que se sente desconfortável realizando o cuidado com a presença da família no leito, que a presença da família reduz a carga de trabalho e que a separação por leitos reduz a capacidade de monitoração dos leitos. Conclusão: Estratégias como as descritas tornam a UTI mais humanizada. A maioria dos profissionais entrevistados acredita que este modelo apresenta benefícios importantes, como a melhora do bem-estar do paciente e impacto positivo sobre seu prognóstico.

Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva; Equipe de Assistência ao Paciente; Assistência Centrada no Paciente; Qualidade da Assistência à Saúde; Gestão de Cuidados ao Paciente

 

ABSTRACT

Introduction: The Intensive Care Unit (ICU) has inevitably become one of the most hostile environments for the patient and the healthcare team. Objective: To describe the strategies adopted in a humanized ICU, as well as to evaluate the perception of the health team about this service model. Methods: Observational, cross-sectional, descriptive study. The humanized ICU at the study site was described and a questionnaire was applied to 35 professionals, with responses described in absolute frequencies. Results: The humanized ICU has beds separated by walls, pictures with characteristics and wishes of patients, in addition to the possibility of a full-time companion. Most respondents agreed that the presence of a full-time companion, as well as the presence of walls separating beds, improve the patient's well-being. In addition, they agreed that the characteristics of the humanized ICU positively affect the patient's prognosis and mental health. However, professionals believe that the presence of a companion could increase the risk of hospital infection. The majority disagreed that the presence of a companion 24 hours a day negatively affects the work of the team, that they feel uncomfortable performing care with the presence of the family in the bed, that the presence of the family reduces the workload and that the separation by beds reduces the monitoring capacity of beds. Conclusion: Strategies such as those described make the ICU more humanized. Most professionals interviewed believe this model has important benefits, such as improving patient well-being and having a positive impact on their prognosis.

Keywords: Intensive care unit; Patient Care Team; Patient-Centered Care; Quality of Health Care; Patient Care Management.

 

 

 

INTRODUÇÃO

As unidades de terapia intensiva (UTIs) foram criadas com a finalidade de melhorar o prognóstico de pacientes em estado crítico de saúde1. Entretanto, gradualmente, tornou-se local de reprodução do modelo biomédico cartesiano, em que a técnica se sobrepõe ao cuidado2, de modo que se constituiu em um dos ambientes mais tensos, traumatizantes e agressivos do hospital3,4,5. Tais características notavelmente são resultantes das experiências vividas pelo paciente como estar despido, ter tubos inseridos em múltiplos orifícios, medo da morte iminente, pela falta de privacidade, ausência da família, presença de ruídos externos, delírios e distúrbios do sono, afastamento do ambiente externo, dentre outros6,7,8.

Diante deste cenário de UTI, o paciente sofre um processo de perda de identidade pessoal, são reduzidos às doenças6, desenvolvem estresse pós-traumático, fadiga física e emocional, tensão, ansiedade, depressão, além do impacto negativo no prognóstico6,9,10. Sob essa óptica, discute-se a humanização deste ambiente hospitalar, processo que inclui a administração hospitalar, bem como o comportamento dos profissionais, com o objetivo de proporcionar ao enfermo um local físico e social o mais agradável possível11

Dentre as diversas estratégias de humanização do cuidado, destaca-se a mudança do desenho arquitetônico, o alívio da dor, a redução de ruídos, a mudança de comportamento da equipe responsável pelo cuidado e a presença de familiares1,8,12,13,14,15. A adoção dessas medidas pode aumentar o engajamento do enfermo ao tratamento, proporcionar maior assistência comprometida com a ética, diálogo e autonomia do paciente, além de propor maior participação da família no cuidado6.

Embora seja um tema debatido na literatura científica, os estudos são mais restritos à discussão acerca dos conceitos teóricos da humanização e menos às estratégias da sua implementação12. Portanto, o presente artigo visa descrever as estratégias adotadas em uma UTI humanizada de um hospital privado e a percepção da equipe de saúde quanto ao modelo de serviço prestado.

 

MÉTODOS

Estudo observacional, transversal, de caráter descritivo, com dados coletados entre outubro de 2020 e novembro de 2021. Foi aplicado um questionário para profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva com estrutura e cuidados humanizados, a fim de obter um panorama acerca da perspectiva desses indivíduos sobre o serviço ofertado. O estudo foi realizado na UTI cirúrgica humanizada de um hospital privado em Aracaju (Sergipe, Brasil). Foi realizado análise descritiva dos dados.

 

Questionário e amostra

O questionário foi aplicado para 35 profissionais de saúde que integravam quadro fixo da UTI cirúrgica humanizada no período estudado - 02 nutricionistas, 03 fisioterapeutas, 03 médicos, 08 enfermeiros e 19 técnicos em enfermagem. Foi abordada a perspectiva dos profissionais acerca do impacto do modelo de UTI avaliado sobre a saúde do paciente, além das consequências da UTI humanizada sobre o trabalho dos profissionais.

O instrumento possui dez itens estruturados em escala Likert16. Para fins de interpretação dos dados, considerou-se a seguinte escala numérica: (1) Discordo totalmente; (2) Discordo; (3) Indeciso; (4) Concordo; (5) Concordo totalmente.

 

Aspectos éticos

O estudo foi conduzido após aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa local, reconhecido pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

 

RESULTADOS

UTI humanizada - estratégias adotadas no centro de saúde estudado

Na unidade em estudo, o sistema de visitação permite acompanhante do paciente em tempo integral, bem como visitação em 2 turnos. Além disso, os leitos da UTI humanizada são mais amplos que os convencionais, separados por paredes e portas que garantem maior privacidade para o paciente quando comparado às cortinas presentes em leitos de UTI convencional (Figura 1). Cada leito possui acomodação para acompanhante (Figura 2).

Porta de vidro

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Figura 1. Parte externa do leito da UTI cirúrgica humanizada, individualizado por paredes.

 

Quarto de hospital com computador

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Figura 2. Parte interna do leito da UTI cirúrgica humanizada, com acomodação para visitante.

 

Há, ainda, a presença de um quadro de Planejamento do Cuidado em cada leito, que expõe informações acerca do perfil clínico do paciente, tais como dieta, riscos específicos, alergias, estratificação da intensidade e localização da dor, recomendações para o dia, identificação da equipe responsável pelo cuidado do paciente, metas multidisciplinares de cuidado e desejos específicos expressos pelo paciente - os quais são atendidos pela equipe, sempre que possível (Figura 3).

 

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Figura 3. Quadro de Planejamento do Cuidado da UTI cirúrgica humanizada.

 

A UTI humanizada e os impactos sobre a saúde do paciente

Quando apresentados à afirmação “A presença de acompanhante 24h/dia melhora o bem-estar do paciente.”, 25 participantes concordaram totalmente (71,4%), 8 participantes concordaram (22,9%) e 2 mostraram-se indecisos (5,7%) (Tabela 1).

Sobre o modelo de visitação aberta durante as 24 horas do dia, os profissionais ainda foram questionados se tal característica aumenta os riscos de infecção hospitalar para os pacientes, dos quais 19 concordaram (54,3%), 9 discordaram (25,7%), 1 discordou totalmente (2,9%) e 6 mostraram-se indecisos (17,1%) (Tabela 1).

Ao serem indagados se a individualização dos leitos por paredes melhora o bem-estar do paciente, todos os profissionais concordaram em algum grau com a afirmação, tendo 27 concordado totalmente (77,1%) e 8 somente concordado (22,9%) (Tabela 1).

Quando questionados se as características da UTI humanizada afetam positivamente o prognóstico dos pacientes, 16 participantes concordaram (45,7%), 18 concordaram totalmente (51,4%) e 1 discordou (2,9%). Os profissionais ainda foram questionados se tais características afetam positivamente a saúde mental dos pacientes internados, tendo a maioria concordado totalmente (23; 65,7%) ou somente concordado (9;25,7%), enquanto 2 profissionais discordaram (5,7%) e 1 mostrou-se indeciso (2,9%) (Tabela 1).

 

Tabela 1. Frequências das respostas ao questionário relacionadas aos impactos da UTI humanizada sobre a saúde dos pacientes.

A presença de acompanhante 24h/dia melhora o bem-estar do paciente:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

0 (0,0%)

0 (0,0%)

2 (5,7%)

8 (22,9%)

25 (71,4%)

Um acompanhante 24h/dia pode aumentar os riscos de infecção hospitalar para o paciente:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

1 (2,9%)

9 (25,7%)

6 (17,1%)

19 (54,3%)

0 (0,0%)

A individualização de leitos através da separação por paredes melhora o bem-estar do paciente:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

0 (0,0%)

0 (0,0%)

0 (0,0%)

8 (22,9%)

27 (77,1%)

As características da UTI humanizada afetam positivamente o prognóstico do paciente:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

0 (0,0%)

1 (2,9%)

0 (0,0%)

16 (45,7%)

18 (51,4%)

As características da UTI humanizada afetam positivamente a saúde mental do paciente:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

0 (0,0%)

2 (5,7%)

1 (2,9%)

9 (25,7%)

23 (65,7%)

 

 

A UTI humanizada e as consequências sobre o trabalho da equipe profissional

Os profissionais foram questionados se o modelo de visitação aberta possui influência negativa sobre o trabalho dos profissionais de saúde, tendo 24 participantes discordado da afirmação (68,6%), 5 discordado totalmente (14,3%), 4 concordado (11,4%) e 2 demonstrado indecisão (5,7%) (Tabela 2).

Quando questionados se a presença da família no leito os deixa desconfortáveis para realizar o cuidado do paciente, 17 profissionais discordaram (48,6%), 13 discordaram totalmente (37,1%), 2 demonstraram-se indecisos (5,7%), 2 concordaram (5,7%) e 1 profissional concordou totalmente com a afirmação (2,9%) (Tabela 2).

Ao serem apresentados à seguinte afirmação: “O auxílio da família no cuidado reduz a carga de trabalho para a equipe profissional.”, 15 profissionais discordaram (42,9%), 11 concordaram (31,4%), 4 discordaram totalmente (11,4%), 4 foram indecisos (11,4%) e 1 concordou totalmente (2,9%) (Tabela 2).

Quando questionados se a separação dos leitos de UTI por paredes reduz a capacidade de monitoramento do paciente pela equipe profissional, 19 profissionais discordaram (54,3%), 12 discordaram totalmente (34,3%), 2 concordaram (5,7%), 1 profissional demonstrou indecisão (2,9%) e 1 concordou totalmente (2,9%) (Tabela 2).

 

Tabela 2. Distribuição das frequências das respostas ao questionário relacionadas às consequências da UTI humanizada sobre o trabalho dos profissionais.

A presença de acompanhante 24h/dia afeta negativamente o trabalho da equipe profissional:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

5 (14,3%)

24 (68,6%)

2 (5,7%)

4 (11,4%)

0 (0,0%)

Eu me sinto desconfortável realizando o cuidado do paciente com a família no leito:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

13 (37,1%)

17 (48,6%)

2 (5,7%)

2 (5,7%)

1 (2,9%)

O auxílio da família no cuidado reduz a carga de trabalho para a equipe profissional:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

4 (11,4%)

15 (42,9%)

4 (11,4%)

11 (31,4%)

1 (2,9%)

A separação de leitos por paredes reduz a capacidade de monitoramento do paciente pela equipe profissional:

Discordo totalmente

Discordo

Indeciso

Concordo

Concordo totalmente

12 (34,3%)

19 (54,3%)

1 (2,9%)

2 (5,7%)

1 (2,9%)

 

 

DISCUSSÃO

O emprego deste modelo de UTI humanizada é defendido há pelo menos três décadas1. No entanto, apesar das vantagens deste tipo de serviço, muitos centros permanecem com o modelo tradicional “porta fechada”, com restrições de visitas e estruturalmente desagradável15. Alguns obstáculos podem explicar esse cenário, como crenças equivocadas e ceticismo quanto aos benefícios apresentados por esse modelo de serviço17. A maioria dos profissionais entrevistados, por exemplo, acreditam que a presença de um acompanhante em tempo integral aumenta o risco de infecção hospitalar para o doente (54,3%). No entanto, há evidências de que tal crença é infundada18,19. Além disso, alguns estudos demonstram que os profissionais deste ambiente hospitalar alegam dificuldades pela interferência de familiares na rotina de cuidado14,18,20,21,22, embora os profissionais entrevistados nesse estudo discordem disso (82,9%). Em um dos estudos citados, 87,5% dos profissionais informaram que a presença de familiares no ambiente de cuidados intensivos aumentou a sobrecarga física e psicológica da equipe e 94,4% eram contra a política de visitação aberta em UTI22.

Em contrapartida, 97,1% dos entrevistados afirmaram que a natureza da UTI humanizada impacta positivamente no prognóstico do enfermo. Há estudos que também defendem essa afirmativa6,10,23. Do ponto de vista fisiológico, o aumento de cortisol durante o estresse agudo e crônico provoca efeitos diabetogênico, aterogênico, imunodepressor e trombogênico24,25,26. Além dos efeitos orgânicos, os sentimentos de estresse e ansiedade experimentados nas UTI afetam negativamente a saúde mental dos pacientes e de suas famílias, o que gera estresse pós-traumático e depressão após internação, condição patológica denominada “Síndrome Pós-Terapia Intensiva” (PICS, do inglês Post-intensive care syndrome)27,28. Em oposição, o bem-estar físico e emocional são responsáveis pela liberação de neurotransmissores como a dopamina, serotonina, e endorfinas, que promovem melhora cognitiva, além de possuírem efeito analgésico, sacietógeno e regulador do sono29,30,31. Deste modo, a redução dos níveis de cortisol e aumento destes neurotransmissores poderia influenciar o prognóstico do paciente.

Ademais, a maioria dos profissionais consideram que a presença do acompanhante em tempo integral poderia representar benefícios para a saúde mental do enfermo (91,4%), e profissionais de outros estudos compartilham do mesmo ponto de vista22. A maioria dos profissionais acredita ainda que a presença da família tem impacto positivo no prognóstico (97,1%), também em concordância com outros trabalhos32. Além disso, a ampliação do papel da família no cuidado poderia reduzir a carga sobre a equipe de atendimento18,20, embora os profissionais entrevistados nesse estudo discordem (54,3%).

Quanto à estrutura física, dentre as principais queixas registradas pelos pacientes, pode-se citar a falta de privacidade, ruídos externos e problemas de ansiedade8, o que pode ser resolvido com estratégias simples adotadas na UTI em questão, como separação de leitos por paredes e portas, presença de relógio na parede e de quadro que expresse os desejos do enfermo.

Por fim, sob uma perspectiva global, entende-se que ainda há resistência em adotar essa modalidade de serviço. Tal resistência é sustentada muitas vezes por teorias não fundamentadas cientificamente e pela falta de conhecimento acerca dos benefícios ao paciente, à sua família e à equipe. Dentro deste contexto, é necessário disponibilizar UTIs com infraestrutura apropriada, além de estabelecer diretrizes que orientem profissionais acerca deste modelo humanizado de assistência em terapia intensiva, a fim de promover maior conhecimento e, desta forma, tornar este modelo de UTI mais disseminado17,33.

 

CONCLUSÃO

Estratégias relativamente simples, como as adotadas no serviço avaliado, podem tornar a UTI um ambiente mais agradável e confortável para pacientes e família, sobretudo a oportunidade de ter um acompanhante em tempo integral e a maior privacidade com leitos individualizados por paredes. Apesar da resistência de muitos centros em adotar esta modalidade de UTI, a maioria dos profissionais entrevistados em nosso centro compreendem os benefícios desse tipo de serviço e acreditam que a humanização da UTI com as ferramentas adotadas pode melhorar o bem-estar do paciente e impactar positivamente no prognóstico. Portanto, esse trabalho evidencia a importância de algumas mudanças na UTI convencional, a fim de oferecer um serviço mais moderno e confortável no contexto do cuidado intensivo.

 

 

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Recebido: 01 de maio de 2022. Aceito: 26 de junho de 2022

Correspondência: Gabriela de Oliveira Salazar.  E-mail: gabrielasalazar103@gmail.com

Conflito de Interesses: o autor declarara não haver conflito de interesses

 

 

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